quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Liberdade da velhice


“Quando eu ficar velha, vou me vestir de púrpura.
Com um chapéu vermelho que não combina, e não me deixa bem.
Quero gastar minha aposentadoria em conhaque, luvas de seda, sandálias de cetim,
e depois dizer que não sobrou dinheiro para a manteiga.
Quero sentar-me no chão quando estiver cansada, pegar amostras grátis nas lojas, apertar os botões de alarme, raspar minha bengala nos gradis das ruas.E vou cuspir no chão.
Para compensar a sobriedade de minha juventude,
vou sair de chinelos na chuva,
e colherei flores nos jardins alheios.


De uma poetisa americana


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